História do Sapateado
Sem registros históricos que possam precisar datas e locais,
sabe-se muito pouco a respeito das origens do sapateado: algumas
de suas primeiras manifestações datam de meados do
século V.
Posteriormente, desenvolveu-se a partir do período da primeira
Revolução Industrial.
Os operários costumavam usar
tamancos (clogs)
para isolar a
umidade que
subia do
solo e, nos
períodos livres, reuniam-se nas ruas para exibir sua arte: quem
fizesse o maior e mais variado numero de sons com os
pés, de
forma mais original, seria o vencedor. Por volta de 1800, sapatos
foram adaptados especialmente para esta dança. Os
calcados
eram mais flexíveis, feitos de
couro, e
moedas eram
fixadas a
sola, para
que o som fosse mais limpo. Mais tarde, finas placas de
metal (taps)
passaram a ser fixadas no lugar das moedas, o que aumentou ainda
mais a qualidade do som.
Nos
Estados Unidos
desenvolveu-se o chamado sapateado americano, introduzido no pais
por volta de na primeira metade do século 19, na fusão que uniu
ritmos e dança dos escravos, que começou um estilo de dança
próprio baseado nos sons corporais, com os estilos de sapateado
praticados pelos imigrantes irlandeses e colonizadores ingleses.
A forma irlandesa do
sapateado - também chamada de Irish Tap Dance -
concentra-se nos pés o tronco permanece ruído; já os americanos
realizam sua Tap Dance esbanjando ritmos sincopados e
movimentos com o corpo todo, abrindo a dança para o estilo próprio
de cada executor. O sapateado americano acrescentou forma
irlandesa da dança toda a riqueza musical e de movimentos dos
ritmos dançados pelos africanos e com isso criou uma modalidade de
dançar e que se espalharia, posteriormente, por todo o
território dos EUA e, durante o século XX, diversos outros paises.
A partir da década de 30
o sapateado ganhou forte popularidade com os grandes musicais,
que contavam com a participações de nomes como
Fred Astaire,
Gene Kelly,
Ginger Rogers
e Eleanor Powell. Depois de um período de declínio do final da
década de 50 ao início dos anos 70, nomes como Gregory Hines e, em
especial, Brenda Bufalino (diretora da American Tap Dance
Foundation) revitalizaram o sapateado americano, impulsionando
toda uma nova geração, de onde surgiram nomes como o do grande
astro Savion Glover, recentemente coreógrafo dos pingüins do filme
Happy Feet.
Profissionais de
sapateado americano realizam periodicamente workshops e shows
internacionais, levando a arte do sapateado para diversos países:
alem da Irlanda e Estados Unidos, paises como Franca, Austrália,
Alemanha, Espanha, Israel e Brasil possuem grupos, coreógrafos e
estúdios de sapateado de expressão. O Brasil, em particular,
recebe anualmente diversos profissionais americanos como forma de
intercambio entre os grandes mestres da
Tap Dance e os diversos números de sapateado existentes por
todo o território nacional.
